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domingo, 27 de novembro de 2011

Vejam... As dificuldades no processo de aprender podem ter diversas origens

Muitos problemas escolares iniciam com uma falta de condições para nós professores observarmos, acompanharmos de perto e adequadamente o desenvolvimento de cada um de nossos alunos e detectarmos suas questões, necessidades. Muitos casos podem resultar em expressão de violência nas escolas pelos estudantes tendo em vista que eles não conseguem receber um adequado atendimento, uma intervenção pedagógica bem planejada e adequadamente executada. Assista o vídeo abaixo e reflita... Qual a sua opinião sobre isso?

http://www.youtube.com/watch?v=AaCD2EzeQec&feature=related

E nas questões referentes ao processo de aprender, pais e professores precisam estar integrados.
DICA DA SEMANA:
Professor (a): agende um horário a cada dia para observar um (a) aluno (a) específico que esteja demandando maior atenção para avançar, contruir. Registre suas observações e envie-me para dialogarmos. Muito pode ser feito...
Pai/ Mãe ou Responsável: agende um horário com professores de seu filho ou enviem uma mensagem, e-mail informando sobre acontecimentos que podem estar interferindo negativamente no processo de aprender de seu (ua) filho (a)...
Então nos perguntaremos: o que está acontecendo? O que pode ser feito?
Enviem-me suas dúvidas pedagógicas e extra escolares. Muitas ações podem ser articuladas e desenvolvidas.

sábado, 26 de novembro de 2011

Sobre a violência nas escolas....

“A violência é hoje uma das principais preocupações da sociedade. Ela atinge a vida e a integridade física das pessoas . É um produto de modelos de desenvolvimento que tem suas raízes na história .
A definição de violência  se faz necessária para uma maior compreensão da violência escolar. É uma transgressão da ordem e das regras da vida em sociedade. É o atentado direto, físico contra a pessoa cuja vida, saúde e integridade física ou liberdade individual correm perigo a partir da ação de outros.  Neste sentido  Aida    Monteiro  se expressa " entendemos a violência, enquanto ausência e desrespeito aos direitos do outro"[1].  No estudo realizado pela autora em uma escola, buscou-se perceber a concepção de violência dada pelo corpo docente e discente da instituição.
Para o  corpo discente " violência representa agressão física, simbolizada pelo estupro, brigas em família e também a falta de respeito entre as pessoas ". Enquanto que para o corpo docente " a violência, enquanto descumprimento das leis e da falta de condições materiais da população, associando a violência à miséria, à exclusão social e ao desrespeito ao cidadão" .
É importante refletirmos a diferença entre agressividade, crime e violência.
A  agressividade é o comportamento adaptativo intenso, ou seja , o indivíduo  que é vítima de violência constante têm dificuldade de se relacionar com o próximo e de estabelecer limites  porque estes às vezes não foram construídos no âmbito familiar.  O sujeito agressivo tem atitudes agressivas para se defender e não é tido como violento.  Ele possui "os padrões de educação contrários às normas de convivência e respeito para com o outro ." ABRAMOVAY ; RUA ( 2002)   A construção da paz vem se apresentando em diversas áreas e mostra que o impulso agressivo é tão inerente à natureza humana quanto o impulso amoroso; portanto é necessária a canalização daquele para fins construtivos, ou seja, a indignação é aceita porém deve ser utilizada de uma maneira produtiva.
O crime é uma tipificação social e portanto definido socialmente é uma rotulação atribuída a alguém que fez o que reprovamos. " Não reprovamos o ato porque é criminoso. É criminoso porque o reprovamos"(Émile Durkheim).
Violência pode ser também “uma reação conseqüente a um sentimento de ameaça ou de falência da capacidade psíquica em suportar o conjunto de pressões internas e externas a que está submetida” LEVISKY (1995) apud  DIAS;ZENAIDE(2003)
 Tipos de violência
A violência que as crianças e os adolescentes exercem , é antes de tudo, a que seu meio exerce sobre eles COLOMBIER et al.(1989). A criança reflete na escola as frustrações do seu dia-a- dia.
É neste contexto que destacamos os tipos de violência praticados dentro da escola .
·         Violência contra o patrimônio - é a violência praticada contra a parte física da escola. " É contra a própria construção que se voltam os pré-adolescentes e os adolescentes , obrigados que são a passar neste local oito ou nove horas por dia." COLOMBIER et al.(1989)

·         Violência doméstica - é a violência praticada por familiares ou pessoas ligadas diretamente ao convívio diário do adolescente.

·         Violência simbólica - É a violência que a escola exerce sobre o aluno quando o anula da capacidade de pensar e o torna um ser capaz somente de reproduzir. " A violência simbólica é a mais difícil de ser percebida ... porque é exercida pela sociedade quando esta não é capaz de encaminhar seus jovens ao mercado de trabalho, quando não lhes oferece oportunidades para o desenvolvimento da criatividade e de atividades de lazer; quando as escolas impõem conteúdos destituídos de interesse e de significado para a vida dos alunos; ou quando os professores se recusam a proporcionar explicações suficientes , abandonando os estudantes à sua própria sorte , desvalorizando-os com palavras e atitudes de desmerecimento".  (ABRAMOVAY ; RUA , 2002, p.335) a violência simbólica também pode ser contra o professor quando este  é agredido em seu trabalho pela indiferença e desinteresse do aluno. ABRAMOVAY ; RUA ( 2002)

·         Violência física -  "Brigar , bater, matar, suicidar, estuprar, roubar, assaltar, tiroteio, espancar, pancadaria, neguinho sangrando, Ter guerra com alguém,  andar armado e, também participar das atividades das guangues " ABRAMOVAY et al. (1999)

Os fatores que levam os jovens a praticar atos violentos

São inúmeros os fatores que podem levar uma criança ou um adolescente a um ato delitivo,  a seguir,  abordaremos os que acreditamos serem os mais relevantes .

A desigualdade social é um dos fatores que levam um jovem a cometer atos violentos.  A situação de carência absoluta de condições básicas de sobrevivência tende a embrutecer os indivíduos, assim, a  pobreza seria  geradora de personalidades desruptivas.  " A partir desse ... de estar numa posição secundária na sociedade e de possuir menos possibilidades de trabalho, estudo e consumo, porque além de serem pobres se sentem maltratados, vistos como diferentes e inferiores. Por essa razão, as percepções que têm sobre os jovens endinheirados são muito violentas e repletas de ódio..." ABRAMOVAY et al. (1999)  é uma forma de castigar  à sociedade que não lhe dá oportunidades.            

A influência de grupos de referência  de valores , crenças e formas de comportamento  seria também uma motivação do jovem para cometer crimes.

" o motivo pelo qual os jovens...aderem às gangues é a busca de respostas para suas necessidades humanas básicas, como o sentimento de pertencimento, uma maior identidade, auto-estima e proteção, e a gangue parece ser uma solução para os seus problemas a curto prazo" ABRAMOVAY et al. (1999), assim,  o infrator se sente protegido por um grupo no qual tem confiança.  " Valores como solidariedade, humildade, companheirismo,  respeito, tolerância são pouco estimulados nas práticas de convivência social, quer seja na família, na escola, no trabalho ou em locais de lazer. A inexistência dessas práticas dão lugar ao individualismo, à lei do mais forte, à necessidade de se levar vantagem em tudo, e daí a brutalidade e a intolerância", (MONTEIRO,2003)  a  influência das guangues que se aliam  ao fracasso da família e da escola. A educação tolerante e permissiva não leva a ética na família. Os pais educam seus filhos e estes crescem achando que podem tudo.

É dentro das  guangues ou das quadrilhas como se refere Alba Zaluar que os jovens provam sua audácia , desafiam o medo da morte e da prisão. É  uma subcultura criminosa marcada pela atuação masculina(ZALUAR, 1992, p.27).

            O indivíduo enfrenta uma  grande oferta de oportunidades:  o uso de drogas, uso de bebidas alcoólicas, uso da arma de fogo aliada a inexistência do controle da polícia , da família e comunidade tornam o indivíduo motivado a concluir o ato delitivo.  " Carências afetivas e causas sócio-econômicas ou culturais certamente aí se misturam, para desembocar nestas atitudes" . (COLOMBIER,1989,p.35) . " A Disponibilidade  de armas de fogo e as mudanças que isso impõe às comunidades conflituosas, contribuindo para o aumento do caráter mortal dos conflitos nas escolas " ABRAMOVAY ; RUA

 ( 2002, p.73) " a falta de policiamento agrava a situação na medida em que a polícia pode ser sinônimo de segurança e ordem" ABRAMOVAY ; RUA ( 2002, p.337)
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Formato: presencial e à distância pela internet
Duração: 8 semanas (80 horas)
Investimento: R$ 85,00

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

E o builling?

Como estamos lidando com o builling? Na minha opinião, temos muito que conversar... Vejam: o papel da escola, de cada segmento escolar (pais, professores, estudantes, demais funcionários) ainda não está muito claro e articulado em função de um projeto de paz que realmente dê resultados em muitas escolas. É preciso diagnosticar, focar ações, garantir a participação, envolvimento e atuação de todos... O que vc pensa sobre isso? Registre aqui para dialogarmos... Até breve...

Iniciando...

Sejam bem-vindos ao nosso mais novo espaço virtual. Aqui teremos a chance de dialogar mais aprofundadamente sobre temas centrais da educação nacional. Participe! Divulgue... Deixe seus comentários, posições, colocações sobre o assunto. Suas contribuições são de fundamental importância.