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sábado, 21 de abril de 2012

Apoio aos Professores da Educação Infantil de Belo Horizonte


Prezados (as),

Gentileza ler, participar e divulgar (abaixo). Essa causa é de todos nós!

"APOIO AOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL DE BELO HORIZONTE

O Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Infância e Educação Infantil – NEPEI, da Faculdade de Educação da UFMG vem a público manifestar seu apoio às(aos) professoras(es) que atuam nas Unidades Municipais de Educação Infantil (UMEI) de Belo Horizonte, em greve desde o dia 14 de março de 2012. A luta dessas(es) profissionais da educação pela unificação das carreiras de magistério é uma luta por reconhecimento profissional e deve, no nosso entendimento, ser apreendida como parte do processo de reconhecimento social da importância da educação das crianças de 0 a 6 anos, direito reconhecido desde a Constituição Federal de 1988.
A Prefeitura de Belo Horizonte, ao iniciar o processo de ampliação do atendimento público em Educação Infantil na cidade optou pela criação de um cargo paralelo à carreira do professor municipal. Já naquele momento, chamamos a atenção para a inadequação dessa medida, uma vez que nossa legislação reconhece a Educação Infantil como Primeira Etapa da Educação Básica e define, sem  sombra de dúvida, que o profissional responsável pela docência nesse nível de ensino, é o professor, para o qual determina a mesma formação exigida para o professor que atua nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Com a criação do cargo de educador infantil, com salários, carreira e benefícios inferiores aos dos professores municipais, a PBH fere o princípio da isonomia, além de indicar, a despeito das propagandas nas quais a Educação Infantil é anunciada como prioridade no município, que essa etapa não recebe, do poder público municipal, o mesmo reconhecimento que ele atribui ao Ensino Fundamental.
O trabalho do professor que atua com crianças nos primeiros anos de vida – o que vale para a docência em outros níveis também – dedicando-se à formação humana, fundamentada em conhecimentos científicos e habilidades construídas ao longo de processos de formação e da prática profissional, reveste-se de grande complexidade. Não se justifica, assim, a adoção de carreira desvalorizada em comparação com aquela que se refere aos professores do Ensino Fundamental.
A valorização dos professores, um dos elementos fundamentais para o desenvolvimento de processos educativos de qualidade, está seriamente negligenciada pela política educacional municipal. A mudança da denominação Educador Infantil para Professor de Educação Infantil, e não a unificação da carreira de Professor Municipal, constitui-se em flagrante desrespeito aos direitos dos professores e das crianças, uma vez que as consequências da total ausência de valorização e reconhecimento profissional repercutem diretamente na qualidade da educação ofertada a elas. Para mencionar apenas um exemplo de consequências desse tipo de medida, destaca-se a tendência à alta rotatividade de professores. Ainda que esses profissionais  se identifiquem com essa etapa da educação, são levados a atuarem em outras funções que lhes confiram um maior reconhecimento social e econômico. Essa situação desfavorece o fortalecimento de uma cultura profissional e a consolidação de projetos pedagógicos consistentes para essa faixa etária.
O direito dos professores ao respeito, à dignidade e ao reconhecimento da importância de seu trabalho, do ponto de vista simbólico e material, são fatores que repercutem positivamente no desenvolvimento de projetos pedagógicos de qualidade. É isto que desejam e a que tem direito a população de Belo Horizonte, especialmente as crianças de 0 a 6 anos de idade.
Diante do exposto, solicitamos aos órgãos competentes, Ministério Público, Câmara de Vereadores, Prefeitura Municipal de Belo Horizonte que tomem as devidas providências para fazer valer esse direito,

Ademilson Soares – Professor do Departamento de Administração Escolar. Pesquisador do NEPEI/FaE/UFMG;
Isabel de Oliveira e Silva – Professora do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino - Pesquisadora do NEPEI/FaE/UFMG,
Iza Rodrigues da Luz – Professora do Departamento de Ciências Aplicadas à Educação. Pesquisadora do NEPEI/ FaE/UFMG;
Lívia Fraga- – Professora do Departamento de Administração Escolar. Pesquisadora do NEPEI/FaE/UFMG;
Maria Cristina Gouvêa - Professora do Departamento de Ciências Aplicadas à Educação. Pesquisadora do NEPEI/ FaE/UFMG;
Maria Inês Mafra Goulart – Professora do Departamento de Ciências Aplicadas à Educação. Pesquisadora do NEPEI/ FaE/UFMG;
Mônica Correia Baptista – Professora do Departamento de Administração Escolar. Pesquisadora do NEPEI/FaE/UFMG;
Rogério Correia da Silva-– Professor do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino - Pesquisadora do NEPEI/FaE/UFMG
Vanessa Neves - Professora do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino - Pesquisadora do NEPEI/FaE/UFMG,"
Rose Salgueiro - (Socióloga/ UFMG. Consultora em Gestão Educacional, Formação de Professores e Autora de Livros Didáticos aprovados pelo MEC. "Formación en Psicopedagogía Clínica para Graduados" / E.Psi.B.A - Escuela Psicopedagógica de Buenos Aires/ Argentina (em curso).
Contato: rosesalgueirocursos@gmail.com

 Apoiem vcs tb! Ajude-nos a divulgar principalmente para as famílias das crianças público da Educação Infantil de BH, Contagem e outros municípios para que compreendam a natureza e urgência dessa questão...
Enviem o apoio de vcs para: nepeifae.ufmg@gmail.com

É urgente!

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